Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Breves relojoeiras

Em entrevista à revista Revolution, edição francesa, Stephen Urquhart, Presidente da Omega, diz ser irresponsável fazer prognósticos sobre a evolução da crise. "Continuamos prudentes, mas a Omega está no bom caminho", assegura. "Este é um ano especialmente rico para a marca, pois celebramos os 40 anos da ida à Lua do Speedmaster, os 10 anos do escape co-axial e a reedição de dois modelos icónicos, o Constellation e o Seamaster Professional Ploprof".

Quanto ao escape co-axial, Urquhart revela que produz anualmente cerca de 350 mil calibres com esse tipo de inovação patenteada Omega. Dentro de três anos, todos os relógios mecânicos da marca estarão equipados com escape co-axial.

Relançada há poucos anos pelo grupo italiano Binda, a marca Wyler parece ir desaparecer do mercado, devido à crise. Todos os trabalhadores, à excepção do director financeiro e do novo CEO, Ryan St. George, acabam de ser despedidos.

Segundo informações da agência financeira Agefi, as notícias que já tinham sido publicadas no Business Montres e no Bilan são verdadeiras: a Wyler deverá acabar ou interromper a produção. O CEO da marca tinha chegado logo a seguir ao Baselworld 2009, na Primavera, mas não terá conseguido a recuperação.

O grupo Binda é italiano, pertence aos irmãos Simone e Marcello Binda. Distribui e fabrica relógios e artigos de moda. Trabalha sob licença, nomeadamente, para as marcas Dolce & Gabbana ou Ducati.

O grupo de luxo Hermès é o único a dar, desde o início de Fevereiro, previsões da evolução do seu volume de negócios para 2009. Deverá atingir os objectivos a que se propôs e atravessar o ano com vendas estabilizadas em relação a 2008. O primeiro semestre fechou mesmo com um aumento de 7,6 por cento, graças ao câmbio favorável em relação ao dólar americano e ao iéne. Mas as vendas tiveram uma quebra ligeira, de 0,4 por cento.

A marroquinaria, que representa o grosso do negócio, teve um comportamento particularmente bom. Nas 290 boutiques Hermès espalhadas pelo mundo, as vendas progrediram 9 por cento. Mas as vendas ao restante retalho diminuiram 22 por cento. "Se os stocks acumulados em perfumaria quase terminaram, já a situação na relojoaria poderá demorar um ano a resolver", admitiu a Hermès.

"A situação é catastrófica", diz Bernard Lambert, economista no Banque Pictet & Cie. Este é o seu diagnóstico sobre o estado do comércio externo helvético em termos de primeiro semestre. As importações e exportações suíças cairam simultaneamente 16 por cento em valor real. Na relojoaria, as exportações recuaram ainda mais do que a média, 26,4 por cento. Um analista do Banque Syz & Co SA pensa que a Suíça terá uma taxa de desemprego superior a 5 por cento no próximo ano, estando actualmente nos 3,6 por cento. "Acima dos 4 por cento, para um país habituado há décadas ao quase pleno emprego, isso será uma tragédia, com fortes repercussões sociais", dizia-nos há cerca de um mês um alto quadro brasileiro a trabalhar há muito num grande grupo relojoeiro suíço.

Com crise, ou sem ela, o mundo continua. E é preciso preparar o futuro. A Haute Ecole de Gestion (HEG) de Genebra lança a partir de Outubro um Master of Advances Studies (MAS) em management do luxo. Uma especialização que permitirá aos futuros managers beneficiarem de uma visão global do luxo. Trata-se de um segundo passo neste sector, depois de há cinco anos a Universidade de Genebra ter criado um Diploma of Advanced Studies (DAS) em "Créations de luxe et métiers de l’art", em partenariado com a Hermès e a Vacheron Constantin.

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