Est. June 12th 2009 / Desde 12 de Junho de 2009

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Meditações - a Primavera do meu tempo

Eu Não Me Entendo

Entrego a minha voz ao coração do vento
E quanto mais água dos meus olhos corre
Mais fogo acendo
Eu não me entendo
Eu não me entendo

E por ti já gastei o pensamento
Ai amor, ai amor, se o tempo
Já gastou, já gastou o nosso tempo
Eu não me entendo
Eu não me entendo

A primavera do meu tempo
Já gastei a primavera do meu tempo
Já fiz da boca jardins de vento
E não me entendo
E não me entendo
Eu não me entendo

Letra de José Luís Gordo, música de José Mário Branco, para fado de Camané

10 comentários:

João de Castro Nunes disse...

O fado nada mais é
que um desabafo profundo
de um povo quando a maré
faz com que bata no fundo!

JCN

João de Castro Nunes disse...

O dicionário não diz
aquilo que o fado é:
melhor o sabe o infeliz
que na vida perde o pé!

JCN

João de Castro Nunes disse...

O fado, como a saudade,
é um termo peculiar
da nossa forma de estar,
que não possui paridade!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Eu li num velho alfarrábio
que o fado da nossa gente
é uma espécie de astrolábio
de um povo que está doente!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Desde que Amália morreu
devia-se o fado arquivar
para não se adulterar,
como ao país sucedeu!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Quem o fado tem mataado
os maus fadistas têm sido:
se não se toma cuidado,
perderá todo o sentido!

JCN

João de Castro Nunes disse...

Altero o último verso para:

pode perder o sentido!

JCN

João de Castro Nunes disse...

O FADO

O fado é a expressão mais singular
do povo português quando está triste,
quase impossível sendo de contar
de que matéria é feito, em que consiste.

Cantado por Amália e difundido
por todo o mundo em sua voz magoada,
fala aos sentidos de qualquer ouvido
e sem reserva a toda a gente agrada.

Pelo som das guitarras e violas
acompanhado, o fado faz gemer
do nosso coração todas as moças.

Lamúria de viela e de salão,
fidalgo ou popular a mais não ser,
o fado puxa sempre à emoção!

JOÃO DE CASTRO NUNES

João de Castro Nunes disse...

Quando o fado ouvem cantar
nos becos da capital,
põem-se os anjos a chorar
com pena de Portugal!

JCN

João de Castro Nunes disse...

É o fado a expressão
da nossa melancolia
que só passa no caixão
quando chegar esse dia!

JCN